BLOG CARLOS RIBEIRO ARTES

domingo, 29 de julho de 2012

Falando de Esporte

Sonho, delírio e torcida...




É incrível o otimismo dos ex-atletas, ora transformados em dirigentes ou comentaristas, em relação às possíveis medalhas brasileiras. Surfando nessa onda, resolvi fazer a lista do que “pode” acontecer (sem ser zebra) e não do que “deve” (o mais provável).

Para não tornar a relação extensa, vou restringir a “nobre arte do chute” ao ouro. Vamos lá:

O mundo concorda que Cesar Cielo é o grande favorito nos 50m nado livre. E Robert Scheidt e Bruno Prada, no iatismo, classe Star. Mas, na tsunami do pensamento positivo “pacheco”, dá pra ir em frente.
Também podem conquistar o ouro as duas seleções de futebol. Por que, não? Igualmente, as de vôlei de quadra, bem como duas de nossas quatro duplas na praia. E só aí já seriam seis medalhas douradas! Mas há mais, se formos realmente otimistas...

Alguém se espantará se Felipe França ganhar os 100m nado peito? Ou se Fabiana Murer aproveitar-se da má fase de Yelena Isinbayeva e faturar o salto com vara? Poder, pode... Em quanto estamos? Oito lugares mais altos do pódio? Uau, já seria um recorde.

E ainda há o judô. Sim, ouros no tatame, sabemos, são sempre possíveis. Então, dê-me dois (ia pedir três, mas soaria guloso)! Chegamos a dez medalhas douradas! Até aqui, convenhamos, todas razoavelmente possíveis.

Ôpa, ia me esquecendo da Natália Falavigna, no taekwondo! E dos ginastas Arthur Zanetti (nas argolas) e Diego Hypolito, (no solo)... Fez as contas? Treze! E me lembro agora do nosso boxeador Éverton dos Santos, que a conceituadíssima “Sports Illustrated” cravou sem sustos nem drama. Saímos do número do azar e chegamos a 14! Sinistro!

Hora de acordar. Falando sério, todos os acima citados têm de fato possibilidades de vitória. Mas dificílimo é que todos consigam alcançá-la juntos, numa mesma Olimpíada.
Seria maravilhoso. Mas é pra lá de improvável. Fica a lista como uma dica para a torcida.
Se chegarmos à metade disso já será a glória.


Grande Thiago!
Não foi ouro, mas deu pra emocionar a prata de Thiago Pereira, nos 400m medley, chegando à frente de Michael Phelps. Boa, garoto! Força agora nos revezamentos e nos 200m medley (a sua melhor prova!).
Que começo!
Ouro, prata e bronze no primeiro dia? Nem nos sonhos mais delirantes...
Desculpa, mamãe! Foi mal...

Debbie Phelps, mãe do supercampeão de natação Michael Phelps, ficou furiosa quando viu a foto de seu filho na ficha oficial dos Jogos de Londres. Ele teve que se desculpar com ela e prometer que não voltaria a aparecer em público tão desleixado. Mas continua a dizer que encerrará a carreira em Londres, contrariando a vontade da “supermãe”...


Pequenina Sarah, uma grande campeã

Foi de arrepiar! Que a piauiense Sarah Menezes tinha boas chances de conquistar o ouro, já se sabia. Daí a confirmá-lo ia uma distância e tanto. Basta lembrar os judocas campeões mundiais Thiago Camilo, João Derly e Luciano Corrêa, em Pequim...

Era esse o meu temor, que foi se dissipando cada vez que a pequena (1,52m) piauiense pisava o dojô. Sem grandes sustos, venceu a primeira, a segunda, a terceira e a quarta lutas e, como num passe de mágica, já estava na final. Aí, o ouro era praticamente certo. Sua adversária, a romena Alina Dumitru (campeã em Pequim) lesionara o cotovelo na semi e lutou em precárias condições. E foi assim que a jovem (22 anos) Sarah fez história. Palmas pra ela e pro nosso judô, que se tornou o esporte com maior número de medalhas olímpicas do Brasil.


Amigos do Cachoeira

No saguão de um hotel de luxo que abriga parte das comitivas brasileiras que vieram a Londres em “voos da alegria” patrocinados por governo, prefeitura do Rio, CBF e COB, um desses amigos de empreiteiros e bicheiros se gabava:

— Paguei 4 mil libras num ingresso pra ver a cerimônia de abertura.

Ao seu lado, outro rebateu:

— Doze mil reais (o equivalente às 4 mil libras)? Ninharia. Eu paguei R$ 22 mil num ingresso da final da Libertadores, só pra ver o meu Timão campeão...

País rico é outra coisa...

Foi de arrepiar! Que a piauiense Sarah Menezes tinha boas chances de conquistar o ouro, já se sabia. Daí a confirmá-lo ia uma distância e tanto. Basta lembrar os judocas campeões mundiais Thiago Camilo, João Derly e Luciano Corrêa, em Pequim...

Voyeurismo

Uma das competições mais aguardadas das Olimpíadas é o vôlei de praia, que acontece no coração de Londres. A expectativa maior não é sobre resultados, mas se as atletas usarão biquínis durante os jogos. Tudo por conta de possíveis quedas de temperatura. O tabloide britânico “The Sun” chegou a lançar uma campanha para as meninas usarem biquínis mesmo em caso de chuva. Segundo o “Evening Standard”, 65% dos portadores de ingressos são homens. O príncipe Harry entre eles. Em Londres, as pessoas não estão acostumadas com mulheres de biquíni, como nas praias do Rio!

Sufoco

Como jogou mal a seleção feminina de futebol! Ganhar da Nova Zelândia por 1 a 0, com gol (de Cristiane) ao apagar das luzes foi dose...

Susto

Outro que passou perrengue: Federer, contra o colombiano Falla. Só faltava essa...

King Kong

Fala sério, Diego Hypolito...

Você sabia?

A cerimônia de abertura de Seul foi a última à luz do dia. A partir de Barcelona 1992, o evento passou a ser realizado à noite. (Do “Almanaque Olímpico”, de Armando Freitas e Marcelo Barreto).

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