BLOG CARLOS RIBEIRO ARTES

segunda-feira, 6 de agosto de 2012


Falando de Olímpiada de Londres 2012


Pingou outro ouro!

O que Daiane dos Santos, favoritíssima em Atenas, e Diego Hypólito, campeão mundial, ao chegar em Pequim, não conseguiram, Artur Zanetti, bem menos badalado na mídia, acaba de conquistar: o ouro olímpico na prova das argolas, na ginástica. Um feito e tanto, após uma apresentação primorosa, sem dúvida .Parabéns, Zanetti.

Assim como Michel Phelps, na prova dos 100m borboleta, Usain Bolt largou mal e parecia batido no início dos 100 metros rasos. Assim como o monstro das piscinas, fez valer a sua incrível superioridade sobre os demais e abiscoitou o ouro, deixando a prata para seu compatriota Yohan Blake e o bronze para o americano Justin Gatlin. Detalhe: o segundo e o terceiro fizeram os melhores tempos de suas vidas. Foi pouco...
Estrelas maiores em Pequim, Phelps e Bolt voltam a ser, portanto, os grandes protagonistas dos Jogos Olímpicos, em Londres. Coisa raríssima. Coisa de gênios completos.

Bolt e Phelps, entretanto, diferem num ponto. Enquanto o nadador já anunciou a aposentadoria, o corredor garantiu que só pretende parar de competir após as Olimpíadas do Rio. Boa notícia para os cariocas, que poderão ver o fenômeno de perto.


Ídolo afável
Quase uma hora após a prova dos 100 metros rasos, Usain Bolt ainda estava na pista do Estádio Olímpico. Dando entrevistas, com a maior simpatia e paciência infinita. 


De vento em popa

 Firmes estão mesmo Juliana e Larissa. Ganharam mais uma de forma categórica (ainda não perderam um set nas areias de Horse Guards Parade) e, na semifinal, enfrentarão as americanas Ross e Kessy. Deram sorte na tabela, pois na outra semi duelarão as duas duplas que, juntamente, com elas, chegaram aqui como grandes favoritas: as campeãs olímpicas Walsh e May e as chinesas Xue e Zangh. Haja o que houver, Juliana e Larissa disputarão medalha. E as possibilidades de ouro são muito boas.

Nossas duas parcerias masculinas jogam hoje e também seguem candidatíssimas ao lugar mais alto do pódio.


Tá difícil
Ouro possível no futebol masculino, nas duplas de praia e em que mais? Tá difícil. Tomara que ainda tenhamos boas surpresas...



Sheilla, aliviada: 'Que venham as ovas' 




Nossas campeãs olímpicas ainda estão devendo. Mas, diante da Sérvia, a equipe voltou a ser agressiva, bloqueou bem, e Dani Lins garantiu a posição, distribuindo o jogo com precisão e inteligência. A próxima adversária, a Rússia, das craques Gamova e Sokolova, fez a melhor campanha da primeira fase

Um brilhante, o outro irreconhecível
O britânico Andy Murray, que nunca venceu um torneio do Grand Slam, jogou uma barbaridade. E o suíço Roger Federer, ganhador de 17 “Majors”, nem parecia o tenista brilhante e vibrante da maratona épica na semifinal contra Del Potro. Daí...
Assim como na final feminina, não houve jogo. E o espetáculo de primeira grandeza tão esperado se transformou apenas numa entusiasmada festa da torcida da casa, que lotou as míticas dependências de Wimbledon para ver um tenista da casa ganhar uma medalha de ouro do tênis, após 100 anos.

É verdade que o massacre imposto pela americana Serena Williams sobre a musa russa Maria Sharapova (6/0, 6/1) foi ainda mais implacável. Mas a final masculina tampouco teve emoção — Murray ganhou os dois primeiros sets com incrível e totalmente inesperada facilidade (6/2, 6/1) e quando conseguiu uma quebra no quinto game do terceiro set, ninguém mais no All England Tennis Club tinha dúvidas de que o Golden Slam de carreira de Roger tinha ido para o espaço. Andy fechou o jogo com um 6/4 e deixou nos milhões de fãs de Federer a impressão de que o campeão sentiu o desgaste da interminável partida contra Del Potro, na semi (3/6, 7/6, 19/17, em mais de quatro horas de um jogo alucinante).

Pode ser. Mas não custa lembrar que o argentino, também ontem, voltou à quadra e derrotou ninguém menos que Novak Djokovic, para ganhar a medalha de bronze...

No terreno das especulações mirabolantes, prefiro ficar, então, com uma versão mais romântica e bem-humorada: vai ver, gentleman, como é, Roger não quis estragar a festa dos anfitriões dos Jogos...

 

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