BLOG CARLOS RIBEIRO ARTES

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Noite de autógrafos





A sessão de autógrafos estava marcada para começar às 19h. Não precisava ser muito antenado para saber que seria um arrasa-quarteirão. Por isso resolvi chegar bem cedo. Se possível, antes do autor.
 
Assim, além de não ter que esperar muito tempo na fila para obter o meu autógrafo, talvez conseguisse um assunto para uma crônica que contasse o que acontece numa noite de autógrafos antes de ficar evidente o seu sucesso. Como são aqueles primeiros momentos, quando até o autor está na dúvida se alguém vai aparecer, quando o prosecco ainda é farto e os salgadinhos ainda circulam.
 
Resolvi chegar às 18h30m.

Esforço inútil. O lançamento era de “A história de Mora”, o livro de Jorge Bastos Moreno, o jornalista mais celebrado pelas personalidades do Leblon e arredores. Achei que, naquele horário, ainda estariam montando a mesa em que o autor se acomodaria. Ledo engano. Já havia uma fila. E a primeira da fila era Fernanda Montenegro. Agora, me explica, se meia hora antes já havia uma fila, se Fernanda Montenegro estava na fila, que mais se poderia esperar? Sucesso absoluto, é claro.

Fiquei 35 minutos esperando a minha vez. Não é tanto assim para uma noite estrelada. Mas, quando saí da Livraria Travessa, a do Leblon, o tamanho da fila já ocupava o dobro do especo de quando eu cheguei. Ou seja, quem estava na rabeira, ficaria, pelo menos, uma hora esperando seu autógrafo. E ainda eram só 19h05m. A noite prometia.

Atrás de Fernanda estava Maria Beltrão. Após conseguir seu autógrafo, Maria esbarrou em Leda Nagle, provocando um raro encontro entre as duas estrelas da televisão vespertina. Na minha frente, estava Thalita Rebouças; atrás de mim, Flavio Cavalcanti Júnior. Um pouco à frente, Mièli. Atrás dele, Regina Martelli. No meio da fila, via-se Vera Holtz. Ao lado dela, Otávio Müller. As talentosas Irmãs Kogut _ Sandra, a cineasta, e Patricia, a jornalista _ aguardavam pacientemente a sua vez.
 
 Roberto D’Ávila deve ter achado que chegou cedo. Mas sua entrada na livraria já foi no momento da fila de uma hora. Sergio Cabral estava lá. O pai, é claro, porque o filho não está em temporada de aparições públicas. Bernardo Cabral _ sem ligação de parentesco _ também., o que foi ótimo para todo mundo saber que ele ainda está vivo. Edney Silvestre cobria tudo para o “Jornal da Globo”.

Em noites de autógrafo normais, o desfile de celebridades não começa tão cedo. Ney Latorraca tem um truque para chamar a atenção em eventos do gênero. Ele chega cedo. Assim, como não tem mais ninguém no recinto, ele é o principal _ e, muitas vezes, único _ alvo dos fotógrafos. Na última segunda-feira, o truque não daria certo. Antes mesmo do horário marcado, os fotógrafos já estavam tontos para saber para onde dirigir suas câmeras.

Moral da história: uma noite de autógrafos de Jorge Bastos Moreno é igual à sua coluna de todo sábado. Ao leitor, só resta esperar o inesperado.
Fonte: Matéria do Colunista do Globo/Artur Xexeo

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