BLOG CARLOS RIBEIRO ARTES

segunda-feira, 23 de março de 2015


Escolas desfilam no Sambódromo da Argentina e agitam cidade de San Luis

Agremiação Sierras del Carnaval bateu recorde e trouxe 1.300 componentes para o desfile, 400 a mais do que ano passado

Fonte: JORNAL O DIA/ANGÉLICA FERNANDES
Argentina - Bateria afinada e na ponta da língua, um samba-enredo que mistura espanhol com português. Nas alas, baianas, passistas, comissão de frente e até corte momesca. Tudo é digno de um Carnaval tipicamente carioca, mas a folia desta vez foi em San Luis, na Argentina. Com a ajuda de 1.500 componentes de 24 escolas de samba do Rio, os hermanos puderam sentir um gostinho do maior espetáculo da terra. A maratona carnavalesca do país vizinho dura três dias e só termina nesta segunda-feira.

Carro Alegórico foi feito por Milton Cunha com o enredo sobre empreendedorismo
Foto:  Diego Mendes / Divulgação
Das três escolas que desfilam no sambódromo argentino, apenas uma é genuinamente do país, a Sierras del Carnaval. Neste ano, a agremiação bateu recorde e trouxe 1.300 componentes para o desfile, 400 a mais do que no ano passado. “Cada vez mais os argentinos estão querendo entrar para a folia. O trabalho é tão sério quanto no Rio”, apontou o carioca Wallace Souza, diretor de produção da Sierras.

A rainha de bateria local não deixa nada a desejar para as brasileiras. Camila Partenza, de 19 anos, utiliza as mesmas artimanhas para levantar as arquibancadas, com rebolado e samba no pé. “Ano que vem estarei no Carnaval do Rio. Será uma grande realização”, contou a hermana, que vai desfilar na sua segunda escola de coração, a Mangueira.
Rei momo e Rainha do carnaval da argentina
Foto:  Diego Mendes / Divulgação
Em San Luis, as escolas do Rio se misturam. A rainha de bateria Viviane Araújo, eternizada pelo Salgueiro, esteve à frente dos ritmistas da Grande Rio. Já a outra agremiação, contou com o batuque da Beija-Flor e o carisma da passista da Portela, Monalisa Carvalho. As baianas também ficaram misturadas. Teve Mocidade com Acadêmicos de Santa Cruz, da Série A, e Imperatriz Leopoldinense. “O que vale é o Carnaval. Aqui o melhor é que curtimos tudo, pois não estamos para competir”, contou o carnavalesco Milton Cunha, responsável pela alegoria de uma das escolas que desfila em San Luis.
Viviane Araújo com o mestre de bateria da Grande Rio Thiago Diogo
Foto:  Diego Mendes / Divulgação
O samba-enredo é uma atração a parte. Para atrair o público argentino, vale até mudar a letra da música. O ‘Tititi do Sapoti’, composição da Estácio de Sá em 1987, foi canção de uma das escolas que passou pela Avenida de San Luis e ganhou palavras em espanhol. A 'Sapucaí' virou ‘Potrero de los funes’, o nome dado ao sambódromo dos hermanos.



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