Dia 27 de Março - Dia do Grafite...
Grupo Tá Na Rua Graffit de Cabo Frio...
Grupo Tá Na Rua Graffit de Cabo Frio...
O Grupo Tá Na Rua Graffit participou neste sábado do evento do Crás do Jardim Esperança, onde teve apresentações de diversas atividades artisticas tais como Graffiti, dança, música, artesanatos, e ainda outros serviços à população....
O Blog Carlos Ribeiro parabeniza todos os artistas desta Artes maravilhosas!
Obra de
pioneiro do grafite no Brasil é reunida em livro...
"Enfeitar a
cidade, transformar o urbano com uma arte viva, popular, da qual as pessoas
participem, é a minha intenção", dizia Alex Vallauri (1949-1987). Com sua
Rainha do Frango Assado, desenho de uma pin-up bem brasileira, carregando um
frango assado em uma bandeja, o etíope de origem italiana se tornou referência
da arte urbana no Brasil.
Em tempos em que
o grafite se consolida no circuito artístico, o trabalho de Vallauri -- que
veio para Santos (SP) em 1965, após passar a infância e parte da adolescência
na Argentina -- é reunido, 24 anos após sua morte, em livro organizado pelo
crítico e curador João J. Spinelli, amigo do artista desde os tempos da
faculdade de comunicação visual em São Paulo.
A publicação mostra figuras que Vallauri tornou conhecidas em grafites
por São Paulo e outras cidades pelas quais passou. Por meio da arte estêncil --
técnica que usa um molde vazado, preenchido com tinta spray sobre uma
superfície, revelando rapidamente o desenho --, no fim da década de 1970
Vallauri pôde fazer o que mais queria: espalhar pela cidade sua arte,
reproduzida em grande escala.
Nessa época, ele já era um artista reconhecido no Brasil, tendo
participado da Bienal Internacional de Arte de São Paulo e dado aulas na Faap,
onde estudou. Mas queria maior contato com o público. "Quando ele começou,
haviam pichações poéticas e políticas, mas ele achou que faltavam
imagens", conta Spinelli.
Quando ele começou, haviam pichações poéticas e
políticas, mas ele achou que faltavam imagens
João J. Spinell
Em São Paulo, Vallauri saía sozinho durante a madrugada, de bicicleta
(ele só se locomovia dessa forma onde morava), para pintar muros de bairros
como a Vila Madalena, Bela Vista, Lapa, Barra Funda, Liberdade e Higienópolis.
Não gostava do hermetismo das galerias, diz Spinelli. Chegou a ser preso
algumas vezes grafitando, e também não agradava aos tradicionalistas das artes.
Já nas ruas, as opiniões se dividiam -- havia quem pedisse que ele desenhasse
no muro de casa, outros apagavam as pinturas.
Nessa época, para não ter de se preocupar em vender sua arte, dividia
seu trabalho entre o artístico e o comercial. Fazia trabalhos para grifes como
Levi's e Fiorucci, desenhava joias. "Ele não queria vender", conta o
autor do livro.
Durante o período em que
morou em Nova York, início da década de 1980, fez cenários para eventos da
prefeitura, participou de campanhas políticas, levou seu estêncil para as ruas
-- e depois para cartão postal da cidade, quando um fotógrafo registrou seu
trabalho para o souvenir, junto a obras de Keith Haring e Jean-Michel Basquiat.
Viu arte em papel de presente natalino, usando o material em trabalho que foi
elogiado até por Andy Warhol.
"Ele fazia uma
arte alegre", resume o autor do livro, que considera o trabalho de Vallauri
um "pop tropical, latino-americano", crítico e também político. Além
do livro, a obra do pioneiro do grafite no Brasil poderá ser vista no segundo
semestre em uma grande exposicão em São Paulo, ainda sem data e local
definidos.
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