BLOG CARLOS RIBEIRO ARTES

sábado, 10 de setembro de 2011

DEZ MANDAMENTOS PARA JULGAR UM QUADRO

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1- Olhe atentamente o quadro sem se preocupar com o assunto que êle representa.

2- Não condene um quadro simplesmente porque nunca viu uma mulher assim, ou um cavalo verde. Pintura é sempre criação, e criação é poder de abstrair-se da realidade imediata.

3- Pense sempre, que um bom assunto não faz uma pintura boa, mas que uma pintura boa torna bom qualquer assunto. Uma natureza-morta pode ser tão boa quanto uma cena de batalha ou o desepêro de uma mãe ante um filho morto.

4- Assim como não se pergunta, ao ouvir a IX Sinfonia de Beethoven ou um opus de Chopin: que significa isso? Deixe de interrogar a tôda hora, quando está em frente de um quadro: que quer dizer isso? A linguagem da música são os sons e da pintura são as formas.

5- Não procure guiar-se apenas pelo gosto-não-gosto. Deixe que o quadro o absorva, pois sendo a pintura uma linguagem de comunicação visual, a êle cabe comunica-se com você, e não você com êle.

6- Observe as linhas de sua composição e verifique se elas se desenvolvem sem muitos acidentes ou se, pelo contrário, são extremamente acidentadas. Cada estilo tem linhas próprias de composição.

7- Observe as côres. Geralmente, num quadro de estilo coerente, às linhas calmas sucedem-se côres límpidas e espalhadas regularmente na tela, às linhas acidentadas correspondem côres violentamente constrastadas.

8- Observe o claro-escuro, caso êle exista. É o claro-escuro que dá a sensação de terceira dimensão. Ao claro corresponde a parte que se encontra na luz, e ao escuro, o lado da sombra. Escuros e claros devem equilibrar-se. Nos pintores ou estilos que preferem as cõres fortes e linhas serenas, geralmente o claro-escuro é pouco visível, e os quadros parecem ter pouca profundidade. é o normal.

9- Procure observar se o artista deu mais valor aos volumes ou se preferiu dar mais ênfase à côr. No primeiro caso, costuma-se dizer que é uma pintura de valôres escultóricos; no segundo, temos uma pintura de valôres cromáticos. Na pintura de valôres escultóricos não exija côres violentas, e na de valôres cromáticos não incrimine o pintor de não saber dar volume às suas figuras.



10- Medite sempre sôbre isso: cada época e cada indivíduo têm seu estilo característico. Por isso, não queira que todos pintem igual a Rafael ou a Ingres. Cada um reflete mundos próprios, impossíveis de serem imitados.

1 comentários:

Anônimo disse...

obrigadooo

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