BLOG CARLOS RIBEIRO ARTES

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Exclusivo: O Site CARNAVALESCO entrevista Rodrigo Pacheco, novo porta-voz da presidência da Mocidade




São muitos os boatos e as especulações que envolvem a saída do presidente Paulo Vianna e a chegada do novo grupo político na administração da Mocidade Independente de Padre Miguel. As perguntas que estavam sem resposta não estão mais. O site CARNAVALESCO falou com exclusividade com o novo porta-voz do presidente Wandyr Trindade (o vô Macumba), Rodrigo Pacheco. – Qualquer pessoa que fale em nome da escola que não seja o porta-voz ou a assessoria de imprensa, a partir de agora, não tem caráter oficial - declarou o porta-voz em entrevista concedida no barracão da escola na Cidade do Samba.


Durante a visita da equipe do CARNAVALESCO ao barracão da Mocidade foi visível notar a empolgação dos funcionários com o ritmo de trabalho e uma certa esperança de que a agremiação de Padre Miguel possa voltar a viver seus dias de glória.

Rodrigo não se furtou a responder nenhum questionamento do CARNAVALESCO, como a participação de Rogério de Andrade no grupo, as eleições depois do carnaval, a briga política que culminou com a queda de Paulo Vianna, a saída de Ana Paula Evangelista do posto de rainha da bateria e principalmente que Mocidade será vista na avenida em 2014.

Confira a entrevista:



CARNAVALESCO: Qual é o seu cargo e o que vai fazer dentro da escola?


Rodrigo Pacheco: "Faço parte de um grupo de pessoas ligadas à Mocidade, apaixonadas pela escola e que não recebem nenhum tipo de remuneração pra isso. Eu exerço o cargo de porta-voz da presidência, uma vez que o Vô Macumba tem 77 anos de idade, é um dos sócios-fundadores da escola. Temos o cuidado de ter sempre alguém acompanhando e conduzindo os trabalhos. Essa missão foi dada pra mim. Sou a voz oficial do presidente e da escola".


CARNAVALESCO: Quem são os outros integrantes do grupo?


Rodrigo Pacheco: "Eu prefria não citar nomes para não esquecer de ninguém, uma vez que é muita gente e eu poderia cometer uma injustiça com alguém. Mas são todos apaixonados pela Mocidade como eu".

CARNAVALESCO: Qual sua relação com a Mocidade?


Rodrigo Pacheco: "Eu sou nascido e criado na Zona Oeste e torcedor da Mocidade desde a infância".

CARNAVALESCO: Como foi o processo de queda do Paulo Vianna?


Rodrigo Pacheco: "Não é novo e nem recente esse processo. A escola, na figura do antigo presidente, passava por uma série de ações na justiça e o que culminou com sua saída foi o desgaste deste período de 10 anos, com resultados ruins tanto na avenida como na administração da escola. Não acho que tenha sido essa última ação a responsável por sua queda, mas sim todo um desgaste. A pressão devido à quantidade de processos. Os cinco conselheiros excluídos injustamente impetraram uma ação na justiça pedindo o afastamento dele. Foi o estopim".


CARNAVALESCO: E qual a participação da Célia, ex-mulher do Paulo Vianna, no processo?


Rodrigo Pacheco: "A Célia foi uma das conselheiras afastadas que se sentiu injustiçada. Se houve um sentimento de vingança pessoal dela, eu não sei. O fato é que ela é uma das autoras da ação, foi excluída do Conselho, sem os direitos previstos em lei e no Estatuto da Mocidade".


CARNAVALESCO: Qual é a verdadeira função de Rogério de Andrade neste grupo político?


Rodrigo Pacheco: "O Rogério não tem função nenhuma. É um grupo de amantes, cada um fazendo o que pode para ajudar, mas não existe a figura do Rogério por traz de nada. Ele é mais um que vem para somar, ajudar. As lideranças deste grupo são todas administrativas".

CARNAVALESCO: O Rogério de Andrade vai desfilar na Mocidade?


Rodrigo Pacheco: "Não, a princípio ele não vem".

CARNAVALESCO: Como vocês encontraram a escola em termos de dívidas? Há uma definição do tamanho do rombo?


Rodrigo Pacheco: "Devido à proximidade do carnaval, estamos realizando um estudo preliminar para saber o que temos de dívidas. Ainda não conseguimos fechar este estudo. Paralelo a isso temos que colocar o carnaval na rua. Assim que passar o carnaval, vamos contratar uma empresa de auditoria para apurar o tamanho real de nossa dívida".


CARNAVALESCO: É verdade que quando saiu a liminar afastando o Paulo Vianna, o grupo político lacrou o barracão da Mocidade?


Rodrigo Pacheco: "Isso não aconteceu em momento algum. Só entramos aqui depois do termo de posse ter sido feito. Esse negócio de tomada do barracão foi uma mentira inventada por pessoas que queriam lançar essa ideia na mídia".


CARNAVALESCO: Vocês se inspiram na gestão do Castor de Andrade para recolocar a Mocidade nos trilhos das conquistas?


Rodrigo Pacheco: "É óbvio que o que o Castor fez nos norteia. Foi com ele que a Mocidade viveu seu tempos áureos, enfileirou conquistas. Achamos injusta a postura da direção antiga de não dar o devido valor à figura importante que foi o Castor não só para a Mocidade, mas para o carnaval. Estamos resgatando esse vínculo da Mocidade com o Castor. A partir de agora vocês vão ver sempre a logomarca da escola com o Castor. Estamos inclusive restaurando a estrela em neón com o Castor para colocarmos na nossa quadra".


CARNAVALESCO: Qual o futuro deste grupo político na escola?


Rodrigo Pacheco: "A ideia é fazer um levantamento de tudo, mudar muita coisa, e tornar a Mocidade uma potência, que é o que a escola merece voltar a ser. A meta principal de futuro é resgatar os profissionais que ganharam notoriedade pela Mocidade e trazer de volta a origem da escola".

CARNAVALESCO: Depois do carnaval a Mocidade vai passar por eleições? O grupo vai apoiar algum candidato ou lançar algum nome?


Rodrigo Pacheco: "Não temos nada definido. Acabamos de assumir a escola e o carnaval está tão próximo. Temos tanta coisa para resolver que não conseguimos parar nem 5 minutos para falar de eleição. Depois vamos buscar o que for melhor para a escola, nome é o que menos importa".



CARNAVALESCO: É realmente necessário ter tantos seguranças armados como foi visto no ensaio técnico da escola?


Rodrigo Pacheco: "Essa história dos seguranças também foi uma inverdade lançada por algumas pessoas para assustar. Haviam poucos seguranças, e eles estavam desarmados. Havia um grupo de amigos que puderam ser identificados porque mandamos confeccionar um blusão com a logomarca do enredo da escola. Ali nem pode entrar ninguém armado. Levamos o que achamos necessário".

CARNAVALESCO: Como vocês encontraram o barracão em termos de produção de alegorias e fantasias?


Rodrigo Pacheco: "Assumimos em uma situação crítica, mas muito crítica mesmo. Muita coisa parada, muita coisa atrasada. Funcionários sem receber há vários meses, pessoal terceirizado também sem pagamento. E ainda estamos vivendo isso. O recurso que estamos recebendo não é mais o mesmo que a escola recebia antes de assumirmos. Graças a Deus e com muita conversa, com a ajuda de muitos torcedores da escola, estamos conseguindo tocar o carnaval".

CARNAVALESCO: É verdade que os problemas financeiros não existem e hoje a maior dificuldade é buscar mão de obra?

Rodrigo Pacheco: "Nossa escola tem os mesmos problemas financeiros que as outras. Estamos conseguindo tocar nosso projeto muito mais na base da conversa. Não estávamos conseguindo movimentar o dinheiro que está na conta da escola no banco. Essa semana entramos com uma petição e ganhamos o direito de movimentar a conta. Se estivéssemos nadando em dinheiro não nos preocuparíamos com isso. A mão de obra do carnaval como um todo fica realmente mais complicada nessa época do ano. Precisamos realmente reforçar algumas equipes, mas são as mesmas dificuldades das outras escolas".



CARNAVALESCO: E o que o torcedor da Mocidade pode esperar para o Carnaval 2014?


Rodrigo Pacheco: "O principal que eles podem esperar é uma escola com muito mais chão, muito mais raiz, mais energia. Nosso ponto alto será a emoção. Muitos independentes estarão de volta. Temos tudo para fazer um belíssimo desfile. Vamos recuperar essa identidade. Esse ano a grande maioria dos desfilantes são pessoas que ajudaram a construir o que a Mocidade já foi um dia. E o trabalho artístico do Paulo Menezes está belíssimo. Acho que faremos um desfile muito diferente do que a escola vinha fazendo nos últimos anos".


CARNAVALESCO: Por que optaram por trocar o posto de rainha de bateria ao substituir Ana Paula Evangelista?


Rodrigo Pacheco: "Queríamos dar a nossa cara em algum segmento. Optamos por não mexer em nada ligado ao projeto para não afetar, como harmonia, direção de carnaval e carnavalesco. O posto de rainha de bateria, como não é quesito, optamos por mexer. Sempre fomos uma escola que trazia grandes artistas. Dentro desta ótica optamos pelo nome da Mariana. Achamos ela simpática e gosta sim de samba. É o nosso toque da mudança. Além da Mariana teremos a Monique Evans de volta no nosso Abre-Alas, dentro da estrela".


CARNAVALESCO: A escola cogita usar a quadra da Vila Vintém? E a nova quadra? Quais são as pretensões?


Rodrigo Pacheco: "Estamos buscando voltar a ter um vínculo com a comunidade. Tanto que no nosso ensaio de rua fizemos aquela entrada triunfal na quadra antiga. Foi um gesto simbólico, mas não vamos deixar de usar nossa novíssima quadra. Vamos dar o nosso toque nela, porque considero ela um pouco fria. Na quadra da Vintém desenvolveremos projetos sociais. Precisamos mostrar para o povo que a Mocidade é de lá. No nosso próximo ensaio de rua vamos entrar pela comunidade".


CARNAVALESCO: O grupo já procurou a Liesa? Como foi esse encontro? O que esperar desse relacionamento?


Rodrigo Pacheco: "Já estivemos em uma plenária na Liga. Lá foi apresentado o termo de posse e o presidente Jorge Castanheira o leu. Fomos parabenizados pelos presidentes. Esperamos um ótimo relacionamento com a Liesa".

CARNAVALESCO: Muita gente tem vindo na mídia falar em nome da escola, quem de fato é a voz oficial da Mocidade?


Rodrigo Pacheco: "Tudo que for divulgado sem que tenha sido por mim, o porta-voz da escola e a assessoria de imprensa não deve ser levado a sério. Esses são os únicos canais oficiais de comunicação com a Mocidade Independente de Padre Miguel".


CARNAVALESCO: Vocês temem alguma sabotagem por parte de alguém da oposição?


Rodrigo Pacheco: "Sinceramente, não creio nisso. As pessoas que continuaram na escola e trabalharam com a antiga diretoria estão mais empolgadas que antes. É claro que vamos nos precaver no dia do desfile, mas faremos como todas as escolas já fazem.

Fonte: http://www.carnavalesco.com.br/



Vídeo do Barracão da Mocidade para o Carnaval 2014



A Mocidade Independente de Padre Miguel vive um momento histórico e decisivo na reta final para o desfile de 2014. Alvo de especulações, o barracão da escola tem um novo cronograma de trabalho, visando estabelecer prazos seguros para a conclusão das alegorias do enredo "Pernambucópolis". 

Veja detalhes do trabalho da escola na entrevista com o carnavalesco Paulo Menezes


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