Naquele que vem sendo um primeiro dia histórico para o Brasil em Olimpiadas, o nadador Thiago Pereira conquistou a medalha de prata nos 400 medley, batendo, entre outros, o fenomenal Michael Phelps, que acabou em quarto lugar, fora do pódio. O vencedor foi o americano Ryan Lotche, que assim faz 1 a 0 em seu duelo particular com Phelps. Thiago, enfim, consegue a sua medalha olímpica e o faz de forma brilhante.
Graças a ele e ao judô, o Brasil já tem uma medalha de cada cor: ouro, prata e bronze. Nem nos melhores sonhos do COB começaríamos tão bem assim!
A piauiense Sarah Menezes conquista o primeiro ouro do Brasil em Londres. Derrotou na final Alina Dumitru , da Romênia, campeã olímpica, em Pequim, .
Bicampeã mundial junior, Sarah já chegara às Olimpíadas como uma das nossas grandes esperanças. Confirmou-as com atuações espetaculares. Na final, diante de uma adversária que ja pisou o dojô machucada, não deu chance alguma ao azar e venceu até com certa facilidade.
A estreia do nosso judô não poderia ser melhor. Pela primeira vez na história, o Brasil conquista uma medalha de ouro no primeiro dia de competições. E pela primeira vez também conquista uma medalha de ouro no judô feminino.
Felipe Kitadai, na categoria até 60Kgs, acaba de ganhar a primeira medalha do Brasil em Londres. Levou o bronze ao derrotar o italiano Elio Verde, no Golden Score. Como Sarah Menezes disputará daqui a pouco a medalha de ouro (já tendo garantida, portanto, no mínimo, a prata), o judô se torna o esporte com mais medalhas olímpicas do país: 17, superado, num dia só, o iatismo, até então o recordista, com 16. O vôlei, se computarmos quadra e praia também 16.
Sábado à tarde, enquanto a BBC1 exibia flashes de vários esportes dos Jogos Olímpicos, dois outros canais ingleses (BBC2 e More4) exibiam filmes que pareciam saídos do Tunel do Tempo. El Cid (de 1961, com Charlton Heston e Sofia Loren), na BBC2 e Vinte Mil Léguas Submarinas (1954, com Kirk Douglas e James Mason), no More4.
Quem diria: Rodrigo Diaz de Vivar, Jimena, Capitão Nemo e Ned Land disputando audiência com Michael Phelps, Roger Federer, Sarah Menezes etc
Antes mesmo da Cerimônia de Abertura, logo mais, já temos dois destaques: Cristiane e Oscar, que brilharam na estreia do futebol — corpo tão estranho nas Olimpíadas que começa antes, com jogos fora da cidade-sede. Candidato aos ouros que nunca conquistou, o Brasil começou vencendo no masculino e no feminino. Com atuação mais equilibrada, as mulheres empolgaram mais que os homens.
A seleção de Mano foi bem no ataque e mal na defesa. Oscar (acima de todos), Neymar e Hulk fizeram um ótimo primeiro tempo contra o Egito. Já no segundo, o que a zaga fez de lambança...
Que comecem os Jogos pra valer, com os esportes em que competem de fato os melhores atletas do planeta. O futebol não está entre eles.
PAGANDO PRA VER. EM 10 ANOS. Tony Blair, ex-primeiro-ministro britânico, condenou as críticas às Olimpíadas, dizendo que deveria ser motivo de orgulho receber o maior evento esportivo do mundo. Admite, porém, que só em dez anos ficará claro se os investimentos valeram a pena...
A presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Sílvia Bastos, me conta que o orçamento original dos Jogos de Londres era de 2,4 bilhões de libras esterlinas (R$ 7,6 bilhões). O atual já está em 9,3 bilhões (R$ 29,3 bilhões): “É deste último total que eles devolverão 500 milhões de libras”, comenta ela, com uma ponta de ironia.
O orçamento da Rio-2016 é parecido. Anda em US$ 12 bilhões (R$ 24,4 bilhões). Mas Maria Sílvia garante que desta vez haverá, sim, um legado:
— A expansão do metrô e os 150 kms de BRT (ônibus rápidos, que circulam por corredores exclusivos) e 30 kms de VLT (veículo leve sobre trilhos), cortando a cidade em todas as direções, permitirão que a utilização do transporte público, que hoje anda em 20%, salte para 60%. E a rede hoteleira praticamente dobrará, saltando dos pouco mais de 20 mil quartos existentes, hoje, para mais de 37 mil, em 2016. Não há como não se empolgar com a grande oportunidade de crescimento e evolução que os Jogos nos dão.
LUGARES CEGOS. Os organizadores estão oferecendo o reembolso de 4.800 ingressos dos saltos ornamentais devido à visão obstruída de 600 assentos. Por conta do design do centro aquático, os espectadores das seções superiores dos pavilhões provisórios verão os mergulhos, mas perderão os atletas de vista por alguns instantes.
BADALADAS OLÍMPICAS. O Big Ben tocará hoje por três minutos, começando às 8h12m, para marcar o início das Olimpíadas. Para isso, foi necessária permissão especial do Palácio de Westminster. Será a primeira vez que o sino badalará fora de sua rotina (a cada hora) desde 15 de fevereiro de 1952, ocasião do funeral do Rei George VI. Outros sinos repicarão por todo o Reino Unido e a população está sendo incentivada a participar, fazendo barulho no mesmo horário.
JOVENS APOSTAS. O “Independent” fez uma lista com dez “novos rostos” que podem brilhar nas Olimpíadas. Leandro Damião é o único brasileiro, destacado como um “centroavante que combina força com a tradicional habilidade brasileira”.
Os outros: Missy Franklin (natação, EUA), Kohei Uchimura (ginástica, Japão), Laura Trott (ciclismo, Grã-Bretanha), Ashton Eaton (atletismo, EUA), Helen Jenkins (triatlo, Grã-Bretanha), James Magnussen (natação, Austrália), Anthony Joshua (boxe, Grã-Bretanha), Katherine Grainger (remo, Grã-Bretanha) e Qiu Bo (salto ornamental, China).
Ignoraram Oscar, bem mais talentoso e que acaba de ser comprado pelo Chelsea por R$ 78 milhões...
DOPING. Mais de 150 especialistas analisarão 6.250 testes antidoping em Londres, um recorde nas Olimpíadas. Resultados positivos serão notificados em 48 horas, com exceção para testes de eritropoietina (usada para aumentar a resistência), que demora 72 horas. Novo exame para o hormônio do crescimento humano (HGH), uma das substâncias proibidas mais difíceis de serem detectadas, também será utilizado.
PIRATAS EM AÇÃO. A delegação egípcia recebeu uniformes falsificados. A pirataria só foi notada quando dois atletas solicitaram a Nike a troca por tamanhos maiores. O comitê organizador garante que comprou os produtos de um agente da marca.
VOCÊ SABIA? O português Carlos Lopes foi atropelado 15 dias antes de Los Angeles-84. Recuperou-se e se tornou o mais velho a ganhar o ouro na maratona, aos 37 anos. (Do “Almanaque Olímpico”, de Armando Freitas e Marcelo Barreto).
A seleção de Mano foi bem no ataque e mal na defesa. Oscar (acima de todos), Neymar e Hulk fizeram um ótimo primeiro tempo contra o Egito. Já no segundo, o que a zaga fez de lambança...
Que comecem os Jogos pra valer, com os esportes em que competem de fato os melhores atletas do planeta. O futebol não está entre eles.
PAGANDO PRA VER. EM 10 ANOS. Tony Blair, ex-primeiro-ministro britânico, condenou as críticas às Olimpíadas, dizendo que deveria ser motivo de orgulho receber o maior evento esportivo do mundo. Admite, porém, que só em dez anos ficará claro se os investimentos valeram a pena...
A presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Sílvia Bastos, me conta que o orçamento original dos Jogos de Londres era de 2,4 bilhões de libras esterlinas (R$ 7,6 bilhões). O atual já está em 9,3 bilhões (R$ 29,3 bilhões): “É deste último total que eles devolverão 500 milhões de libras”, comenta ela, com uma ponta de ironia.
O orçamento da Rio-2016 é parecido. Anda em US$ 12 bilhões (R$ 24,4 bilhões). Mas Maria Sílvia garante que desta vez haverá, sim, um legado:
— A expansão do metrô e os 150 kms de BRT (ônibus rápidos, que circulam por corredores exclusivos) e 30 kms de VLT (veículo leve sobre trilhos), cortando a cidade em todas as direções, permitirão que a utilização do transporte público, que hoje anda em 20%, salte para 60%. E a rede hoteleira praticamente dobrará, saltando dos pouco mais de 20 mil quartos existentes, hoje, para mais de 37 mil, em 2016. Não há como não se empolgar com a grande oportunidade de crescimento e evolução que os Jogos nos dão.
LUGARES CEGOS. Os organizadores estão oferecendo o reembolso de 4.800 ingressos dos saltos ornamentais devido à visão obstruída de 600 assentos. Por conta do design do centro aquático, os espectadores das seções superiores dos pavilhões provisórios verão os mergulhos, mas perderão os atletas de vista por alguns instantes.
BADALADAS OLÍMPICAS. O Big Ben tocará hoje por três minutos, começando às 8h12m, para marcar o início das Olimpíadas. Para isso, foi necessária permissão especial do Palácio de Westminster. Será a primeira vez que o sino badalará fora de sua rotina (a cada hora) desde 15 de fevereiro de 1952, ocasião do funeral do Rei George VI. Outros sinos repicarão por todo o Reino Unido e a população está sendo incentivada a participar, fazendo barulho no mesmo horário.
JOVENS APOSTAS. O “Independent” fez uma lista com dez “novos rostos” que podem brilhar nas Olimpíadas. Leandro Damião é o único brasileiro, destacado como um “centroavante que combina força com a tradicional habilidade brasileira”.
Os outros: Missy Franklin (natação, EUA), Kohei Uchimura (ginástica, Japão), Laura Trott (ciclismo, Grã-Bretanha), Ashton Eaton (atletismo, EUA), Helen Jenkins (triatlo, Grã-Bretanha), James Magnussen (natação, Austrália), Anthony Joshua (boxe, Grã-Bretanha), Katherine Grainger (remo, Grã-Bretanha) e Qiu Bo (salto ornamental, China).
Ignoraram Oscar, bem mais talentoso e que acaba de ser comprado pelo Chelsea por R$ 78 milhões...
DOPING. Mais de 150 especialistas analisarão 6.250 testes antidoping em Londres, um recorde nas Olimpíadas. Resultados positivos serão notificados em 48 horas, com exceção para testes de eritropoietina (usada para aumentar a resistência), que demora 72 horas. Novo exame para o hormônio do crescimento humano (HGH), uma das substâncias proibidas mais difíceis de serem detectadas, também será utilizado.
PIRATAS EM AÇÃO. A delegação egípcia recebeu uniformes falsificados. A pirataria só foi notada quando dois atletas solicitaram a Nike a troca por tamanhos maiores. O comitê organizador garante que comprou os produtos de um agente da marca.
VOCÊ SABIA? O português Carlos Lopes foi atropelado 15 dias antes de Los Angeles-84. Recuperou-se e se tornou o mais velho a ganhar o ouro na maratona, aos 37 anos. (Do “Almanaque Olímpico”, de Armando Freitas e Marcelo Barreto).
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