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Na ponta dos dedos
«Viajar é observar…» Sophia de Mello Breyner Andresen.
Igualmente tem sido este o lema de vida que de Jaime Lopez nos últimos anos. Sua produção artística para esta exposição multifacetada vem de sua real – por vezes inconsciente observação de suas viagens nos mais variados contextos, físicos, emocionais e sociais: lugares, jardins, cafés, pessoas diferentes, onde o igual as cruza e eterniza. O cotidiano e sobre tudo o que nós, por vezes sublimamos, a mais pequena rotina diária, beber um café, sentar no banco do jardim e descansar da caminhada. É pontecializado no seu melhor espelho: a retina, o papel e a tinta gráfica.
Nesse percurso do «caminho», nas pontas do bico de uma esferográfica nasce do comum cotidiano, imagens, atitudes leves, brutos e doces gestos , ternura, afetos e desafetos, venturas e desventuras sociais, intimas e legítimas cenas.
« …Navegar é preciso!…» Fernando Pessoa.
Em sua inesgotável busca essencial pelos meandres e nuances da arte, Jaime Lopez foi navegar no mar profundo das letras, ou melhor, nas ondas ora oscilantes, ora calmas, ora revoltas da poesia. Além de exprimir graficamente o que vai em suas telas ou papéis, Jaime desafiou um grupo de poetas para «poetar», alguns de seus desenhos para esta exposição.
« As nossas afinidades nos aproximam, e as nossas diferenças nos aperfeiçoam…».
A necessidade de expressar gráfica e ortograficamente aproximou a arte moderna e a poesia.
Agora desafiamos o público a fazer uma terceira «leitura» do que vê, senti e exprime ao contemplar tão arrojada viagem, tão infinita aventura, mas na certeza que todos os aventureiros estão no caminho, em busca do que ainda não se expressou e do que ainda não foi escrito.
(texto de Elssye SBezerra Santos)
Licenciada em Historia da arte
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