BLOG CARLOS RIBEIRO ARTES

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Neste Sábado de guitarra flamenca no Charitas  - Cabo Frio...

 
 
Uma atração internacional, imperdível para quem aprecia o violão flamenco, é a apresentação única do premiado violonista espanhol Pedro Soler, no museu Casa de Cultura José de Dome – Charitas, neste sábado (14/9), às 18h.

Nascido em 1938, Pedro Soler teve o primeiro contato com a arte do flamenco através do guitarrista granadense J.M. Rodriguez e dos andaluzes exilados em Toulouse, quando esta era a capital da Espanha.

Mais tarde, o “cantador” Jacinto Almadén, impressionado pela sua sonoridade, convida-o para participar do grupo “Sonidos negros” como segundo guitarrista, ao lado do mestre Pepe de Badajoz que o toma como discípulo e amigo, realizando diversas turnês pela Espanha. Após o falecimento de Pepe de Badajoz, Pedro Soler passou a ser o acompanhador de Almadén. 
 
 

 
A célebre dançarina “La Joselito” foi providencial em sua carreira, transmitindo a Soler a arte de acompanhar os estilos da idade de ouro da dança flamenca.

Ao lado de Almadén, Pedro Soler acompanhou durante vários anos mestres do canto flamenco, tais como Pepe de la Matrona e Juan Varea, com os quais ele igualmente realizou diversas gravações. Posteriormente, acompanhou cantores mais jovens como Enrique Morente, Miguel Vargas e Inés Bacán.

O guitarrista realiza recitais como solista na Europa, Japão, na antiga União Soviética, América do Sul, África e Índia. Em Paris, apresenta-se frequentemente na Salle Pleyel e no Théâtre des Champs Elysées e em Londres, no Wigmore Hall e na Queen Elizabeth Hall. Igulmente, desenvolveu durante anos intensa atividade concertística, com músicos como Beñat Achiary, Ravi Prasad e o violoncelista Gaspar Claus.

Gravações para a RCA Victor, Decca, Le Chant du Monde e CBS documentam a sua arte, que mereceu o “Grand Prix International du Disque”, concedido pela Charles Cros Academy, em 1964.

Fiel à escola primitiva do flamenco pela qual foi formado, Pedro Soler sempre busca a essência, a dinâmica, a força do silêncio. A técnica para ele é somente um meio para adquirir a potência expressiva do “cant jondo”, o canto profundo.

A apresentação deste sábado é uma atração internacional imperdível, que merece ser prestigiada pelos apreciadores da boa música.
 
Fonte:  Walter Biancardine /PMCF

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