Como diz o ministro
Muita gente achou que faltou emoção na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. Muita gente também considera que a exibição foi excessivamente autocentrada, louvando as glórias da Grã-Bretanha através da História. Entendo os dois pontos de vista, embora não concorde com elas. Se faltou emoção, não foi para nós, brasileiros, que, surpresos, vimos com orgulho, no finzinho da festa, a minha, a sua, a nossa Marina Silva ter reconhecido seu ativismo pela causa ambiental carregando a bandeira olímpica ao lado do secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, o ex-boxeador Muhammad Ali, o fundista etíope Haile Gebreselassie, o regente argentino, Daniel Barenboim e mais uma penca de ganhadores deo prêmio Nobel.
O destaque a Marina provocou ciumeira. Parece que a presidente Dilma e alguns ministros não gostaram do prestígio da ex-candidata à Presidência que o Comitê Olímpico Internacional expôs ao mundo. A inveja ficou patente na desastrada declaração do ministro dos Esportes, Aldo Rebello. Instado a comentar a participação de Marina, ele foi grosseiro com a homenageada e com os anfitriões: “Marina sempre teve boa relação com as casas reais da Europa e com a aristocracia europeia. Não podemos determinar quem as casas reais escolhem, fazer o quê?”
Marina não revidou, mas eu revido. Quem pode pode. E Marina está podendo. Fazer o quê, ministro?
Quanto ao autocentrismo, poucos países do mundo têm currículo para serem autocentrados como a Grã-Bretanha. Volto a citar o ministro de Esportes: fazer o quê?
Mas a marca que ficou da festa não foi a falta de emoção ou o autocentrismo. Os britânicos organizaram, pela primeira vez, uma abertura que deu mais valor ao que seria transmitido pela televisão do que ao que acontecia no gramado do Estádio Olímpico. Cenas pré-gravadas ou tomadas fora do estádio, a graça estampada no rosto de Rowan Atkinson, que só poderia ser captada por um close, a inacreditável paródia de 007 com a rainha da Inglaterra chegando de para-quedas na cerimônia foram mais bem aproveitadas por quem estava em casa do que pelos que assistiam ao vivo. Faz sentido. Bilhões de pessoas acompanham os Jogos Olímpicos pela TV. A cerimônia das Olimpíadas de Moscou, com o público participando da coreografia, mudou o aspecto desta festa. Mas isto foi há 32 anos. A abertura precisava de uma nova mexida. Os britânicos entenderam isso. A festa de abertura das Olimpíadas nunca mais vai ser a mesma.
O destaque a Marina provocou ciumeira. Parece que a presidente Dilma e alguns ministros não gostaram do prestígio da ex-candidata à Presidência que o Comitê Olímpico Internacional expôs ao mundo. A inveja ficou patente na desastrada declaração do ministro dos Esportes, Aldo Rebello. Instado a comentar a participação de Marina, ele foi grosseiro com a homenageada e com os anfitriões: “Marina sempre teve boa relação com as casas reais da Europa e com a aristocracia europeia. Não podemos determinar quem as casas reais escolhem, fazer o quê?”
Marina não revidou, mas eu revido. Quem pode pode. E Marina está podendo. Fazer o quê, ministro?
Quanto ao autocentrismo, poucos países do mundo têm currículo para serem autocentrados como a Grã-Bretanha. Volto a citar o ministro de Esportes: fazer o quê?
Mas a marca que ficou da festa não foi a falta de emoção ou o autocentrismo. Os britânicos organizaram, pela primeira vez, uma abertura que deu mais valor ao que seria transmitido pela televisão do que ao que acontecia no gramado do Estádio Olímpico. Cenas pré-gravadas ou tomadas fora do estádio, a graça estampada no rosto de Rowan Atkinson, que só poderia ser captada por um close, a inacreditável paródia de 007 com a rainha da Inglaterra chegando de para-quedas na cerimônia foram mais bem aproveitadas por quem estava em casa do que pelos que assistiam ao vivo. Faz sentido. Bilhões de pessoas acompanham os Jogos Olímpicos pela TV. A cerimônia das Olimpíadas de Moscou, com o público participando da coreografia, mudou o aspecto desta festa. Mas isto foi há 32 anos. A abertura precisava de uma nova mexida. Os britânicos entenderam isso. A festa de abertura das Olimpíadas nunca mais vai ser a mesma.
Fonte Blog do Xexeo
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